O homem que ameaçou explodir a Unijorge na
tarde de ontem, domingo (24), em Salvador, exigiu a presença de um juiz federal
para se entregar. A intenção era que o magistrado assinasse uma “sentença” que
ele mesmo havia elaborado para “provar” sua capacidade de exercer a advocacia.
O relato foi feito pelo juiz federal Durval Neto, que acompanhou o caso.
“Me foi então apresentado um papel escrito
pelo rapaz, de caneta, no qual ele colocou um espaço para assinatura com a
indicação ‘juiz federal’. Eu assinei e entreguei minha carteira funcional ao
policial, para que o rapaz visse que era um juiz federal realmente ali. Então,
o rapaz disse que inclusive tinha sido meu aluno e se entregou logo em
seguida”, contou o juiz.
De acordo com Neto, Frank Oliveira esteve
no prédio dos Juizados Federais há duas semanas pedindo para falar com o juiz.
Seu comportamento era agressivo, ele gritava e não conseguia completar um
raciocínio. “Liguei para a portaria e pedi para garantirem a ele que eu iria
ler o pedido e que se fosse realmente urgente, despacharia imediatamente no
plantão.
Quando recebi o expediente dele, vi um
texto totalmente desconexo, questionando o exame de ordem e outros pontos que
não consegui compreender, mas sem qualquer urgência, até porque o exame ainda
seria dali a duas semanas”, lembrou Neto, que encaminhou o documento à livre
distribuição.
A confusão começou por volta das 13h,
quando seriam aplicadas as provas da 1ª fase do exame da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB). Frank Oliveira ameaçou explodir o prédio da Unijorge e mobilizou
equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do esquadrão
anti-bombas. Quatro horas depois descobriu-se que o homem, na verdade, tinha
balas de gengibre amarradas à cintura. Frank prestou depoimento e foi liberado,
devendo responder por provocar alarme, anunciando desastre ou perigo
inexistente.
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