Os homens seguem liderando o ranking e traindo mais
do que mulheres. Mas eis a novidade: Salvador é a cidade com o maior índice de
infidelidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de São
Paulo (USP) – que ouviu brasileiros de sete regiões metropolitanas –, 45,8% dos
soteropolitanos, entre homens e mulheres, admitiram já ter traído. A média
nacional é 40,5%.
A pesquisa em questão, intitulada
como Mosaico 2.0, foi elaborada pela psiquiatra Carmita Adbo, coordenadora do
Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Foram entrevistadas 3 mil pessoas,
entre 18 e 70 anos. Segundo o levantamento, 50,5% dos homens admitiram a
traição, contra 30,2% das mulheres.
A pesquisadora não mostrou surpresa
com a diferença entre os sexos. Ela afirma que, na cultura latina, o indivíduo
do sexo masculino está mais propenso à traição. “O homem diz que isso faz parte
da natureza masculina, que ele não vai abrir mão da oportunidade”, ratificou.
Em relação à infidelidade da mulher, Carmita afirma que geralmente ela trai por
estar insatisfeita com a relação amorosa. “Há uma insatisfação sexual ou
afetiva, por isso ela se permite”, explicou.
Soteropolitanos opinam
Alguns soteropolitanos, como o diretor de criação, Rumenil Pimentel, 24, admitiram à nossa equipe de reportagem que já foram infiéis. Pimental reforçou a teoria da psiquiatra que conduziu a pesquisa Mosaico 2.0. “É instintivo o homem ser sacana. Eu traí porque fui sacana. Estava numa festa e fiquei com outra pessoa. E acho que têm muitas mulheres que traem porque foram traídas”, opinou.
Alguns soteropolitanos, como o diretor de criação, Rumenil Pimentel, 24, admitiram à nossa equipe de reportagem que já foram infiéis. Pimental reforçou a teoria da psiquiatra que conduziu a pesquisa Mosaico 2.0. “É instintivo o homem ser sacana. Eu traí porque fui sacana. Estava numa festa e fiquei com outra pessoa. E acho que têm muitas mulheres que traem porque foram traídas”, opinou.
Para a estagiária de produção, Ive
Oliveira, 22, a liderança da capital baiana no quesito infidelidade por ter
influência do Carnaval. No entanto, ela defende que é preciso desconstruir que
o homem trai por instinto. “Isso é só mais um exemplo da sociedade machista em
que vivemos. Eles justificam traição pelo fato de acharem que é um instinto,
mas esse instinto não passa de uma construção social”, avaliou.
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Natural de Contagem (MG), a auxiliar
administrativa, Vanessa Oliveira, visita a capital baiana sempre que pode. Ela
ficou surpresa com os dados. “É uma porcentagem bem alta, mas não acredito que
tenha a ver com regionalidade. Só que a relação de gênero faz sentido. Homens,
em sua maioria, são carnais. E as mulheres mais sentimentais. Tenho vários
amigos que traem as namoradas e contam isso com a maior naturalidade, como se
tal atitude fosse digna de aplausos. Já as amigas que chegaram a trair, foi nos
extremos da crise no relacionamento”, contou.
Também surpresa com o levantamento, a
soteropolitana Evellynn Rocha, 26, diverge. “Soterapolitanos traem mais?
Preocupante. Homens e mulheres traem por serem imperfeitos e terem vontades
além da que sentem com o cônjuge. Os homens têm o peso da cultura do machismo,
implantada desde a educação doméstica até a aceitação na sociedade. Acho bem
superficial justificar a traição dos homens como instinto e mulheres como
infelicidade”.
O estudante Paulo Barbosa,
22, afirma nunca ter traído, uma vez que assumiu que não aceitaria submeter sua
fidelidade sexual a uma só pessoa. “Justificar a traição como parte da natureza
e infelicidade é apenas covardia. Assumir um relacionamento monogâmico, sabendo
que a sua “natureza” é contraria, é simplesmente desonesto. E continuar um
relacionamento infeliz é apenas outra vertente disso”, avaliou.
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