Independência ou morte? Que nada! Neste 7 de setembro, o que mais se
ouviu nas ruas das capitais de praticamente todos os estados brasileiros foi um
gigantesco Fora, Temer; estima-se que mais de 200 mil pessoas tenham ido às
ruas pedir a saída do atual governo e a convocação de Diretas Já; no desfile,
em Brasília, Temer não saiu em carro aberto e, mesmo num evento só para
convidados, ouviu protestos de Fora, Temer; Grito dos Excluídos, que ocorre
tradicionalmente no 7 de setembro, teve como pauta principal a volta da
democracia
O 7 de setembro de 2016 entra para a história como o dia em que mais de
200 mil brasileiros foram às ruas para pedir a volta da democracia, eleições
diretas para a presidente e a saída de Michel Temer do governo.
Ao todo, estima-se que mais de 200 mil pessoas tenham ido às ruas neste
domingo, em protestos que foram realizados em praticamente todas as capitais do
Brasil e também em várias cidades médias.
O Grito dos Excluídos, que ocorre tradicionalmente no 7 de setembro,
teve como pauta principal a volta da democracia.
Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre os protestos que Temer
enfrentou em seu primeiro evento público:
Em primeiro evento público no Brasil
como presidente efetivo, Temer enfrenta protestos
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer enfrentou
nesta quarta-feira protestos ao participar do desfile cívico do 7 de Setembro,
data em que é comemorada a Independência do Brasil, na Esplanada dos
Ministérios em Brasília, em seu primeiro evento público no país desde que tomou
posse efetivamente no cargo, no dia 31 de agosto.
Também houve protestos contra Temer em outras cidades do país, incluindo
Rio de Janeiro e São Paulo, onde foram vistos cartazes com frases como
"não ao golpe" e "nenhum direito a menos".
Assim que o presidente chegou ao local do desfile em Brasília, em carro
fechado e sem a faixa presidencial, ao lado da primeira-dama Marcela, um grupo
de pessoas em uma arquibancada próxima à tribuna presidencial passou a gritar
“Fora Temer” e "golpista", gerando a reação de um homem que gritou
“Fora comunistas”. Também foram ouvidos aplausos.
A arquibancada era composta, segundo a Secretaria de Imprensa da
Presidência, por convidados de funcionários do Palácio do Planalto.
Após certo alvoroço, alguns manifestantes saíram voluntariamente,
ocasião em que um grupo de pessoas gritou palavra de ordem afirmando que a sua
bandeira “jamais será vermelha”. Pouco antes do início do evento um homem que
portava um adesivo de “Fora Temer” na arquibancada foi abordado pela segurança,
mas não chegou a ser retirado do local.
Ao final do desfile, quando Temer deixava a tribuna presidencial, um
pequeno grupo de aproximadamente 15 pessoas gritou novamente palavras de ordem
contra o presidente.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a Esplanada dos
Ministérios recebeu um público de aproximadamente 25 mil pessoas. Ainda de
acordo com a polícia, aproximadamente 2.700 manifestantes contra o governo
Temer concentraram-se no Museu da República, a alguns metros de onde ocorria o
desfile.
A cerimônia contou com o efetivo de cerca de 1500 policiais e 150
agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O local do desfile foi
rodeado por cercas de metal.
No Rio, o protesto teve início logo após o desfile militar no centro da
cidade, e ao menos uma pessoa foi detida. Os manifestantes usaram sistema de
som, carregavam faixas e cartazes contra o governo e gritavam palavras de ordem
como “Fora Temer” e “golpista”.
O número de manifestantes não foi divulgado pela polícia do Rio, mas os
organizadores estimaram em cerca de 10 mil pessoas.
(Com
reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)
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