O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) pediu a palavra
e anunciou, na tarde desta quarta-feira, no plenário da Câmara, a prisão
do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Adversário político de Cunha, o
deputado do PSOL disse esperar que o peemedebista tenha amplo direito de defesa
durante o processo.
Não houve manifestações - nem contra nem a favor -
enquanto o deputado fazia o anúncio.
A ordem de prisão de Cunha partiu do juiz Sérgio
Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. O peemedebista
estava perto do prédio onde mora em Brasília quando foi abordado pelos
policiais. Ele foi levado para Curitiba, reduto do Juiz Moro.
Para líder do PT no Senado,
prisão pode afetar governo federal
O líder da oposição, senador Lindbergh Farias
(PT-RJ), disse torcer por uma delação e afirmou que, caso aconteça, o governo
de Michel Temer não irá resistir. "Acaba de ser preso Eduardo Cunha.
E eu, sinceramente, espero que ele faça uma delação. Se ele fizer uma delação,
esse governo de Michel Temer não se sustenta por um dia", anunciou Lindbergh
ao plenário lotado, que votava uma medida provisória.
O senador também registrou que a prisão de Eduardo
Cunha procedeu de forma diferente de outras ações da Lava Jato. "Essas
ações da Lava Jato aconteceram com grande cobertura midiática. Dessa vez, não
aconteceu. Espero que seja uma mudança de procedimento", afirmou. Segundo
o senador, ações que envolvem membros do PT são anteriormente avisadas para a
imprensa e acontecem no início da manhã.
Para alguns deputados a prisão de Eduardo Cunha é o preâmbulo da prisão de Lula. “Estão dando uma aparência de imparcialidade, de isenção, para preparar o mínimo de legitimidade nessa prisão do Lula”.
Para alguns deputados a prisão de Eduardo Cunha é o preâmbulo da prisão de Lula. “Estão dando uma aparência de imparcialidade, de isenção, para preparar o mínimo de legitimidade nessa prisão do Lula”.
A prisão de Cunha, portanto, pode validar a atuação de Moro ao indicar
que sua Operação estaria investigando todos os lados do espectro político. Com
a prisão de Cunha ficaria legitimada junto à opinião pública uma possível
prisão de Lula. “A lei vale para todos”, poderia dizer Moro.
A diferença é que Lula não é Cunha. O ex-presidente possui um patrimônio
político que Cunha nunca teve e sua prisão geraria uma instabilidade social
imprevisível.
Cabe lembrar que a pesquisa do Instituto Vox Populi publicada ontem
mostra que se Lula fosse candidato em 2018 venceria a eleição presidencial com
facilidade.
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