Para ficar
completa, a Ditadura da Toga, já em vigor há algum tempo, só precisa instalar
um DOI-CODI e torturar os presos. E coroar Sergio Moro, o homem mais poderoso
do país mesmo como juiz de primeira instância, imperador ou rei do Brasil. Ele só
precisa do título e da coroa, porque os poderes já têm.
Como ninguém, nem
mesmo no Supremo Tribunal Federal, tem coragem para contrariá-lo, então nada
mais natural do que oficializar o seu poder. Está mais do que evidente que o
Juiz do reino de Curitiba pode tudo, quer dizer, quase tudo,
porque ele não é besta nem maluco para conduzir coercitivamente ou prender, por
exemplo, um jornalista da Globo, da Folha, da Veja ou do Estadão.
Por não ter quem
puxe a sua orelha, por medo ou conivência, Moro está se achando o rei da cocada
preta, com poderes para fazer o que bem entender, o que deixa bastante claro o
ambiente de insegurança jurídica.
O senhor Sérgio Moro manda um recado direto a todo mundo que
ousa criticá-lo: "Olhem, posso mandar prender quem eu quiser". E fica
por isso mesmo, porque os deuses do Olimpo estão muito altos para se
preocuparem com a periferia.
*
Ninguém mais tem
dúvidas do projeto político de Moro que, incensado pela mídia, parece ter se
convencido, depois de ver pessoas lançando o seu nome à Presidência da
República em manifestações de rua, de que tem chances de conquistar o Palácio
do Planalto, apesar de Jair Bolsonaro. Em razão disso, divulgou um vídeo afirmando que tem o apoio da
quase totalidade da população, o que evidentemente não é verdade.
Antes, porém, ele
pretende deixar registrado seu nome na história como o homem que teve a coragem
de prender um ex-presidente da República: Luiz Inácio Lula da Silva. Na
verdade, ele teria um lugar garantido na história do país se combatesse
efetivamente a corrupção, mas já deixou claro que o combate à corrupção é
apenas um pretexto para destruir o petismo e impedir Lula de voltar ao Palácio
do Planalto. Parece piada. Mas não é, pois o buraco é mais embaixo.
Obviamente existem
dispositivos legais que podem conter os excessos do corifeu da lava jato curitibana, mas o difícil será encontrar um tribunal que o
enquadre em face do estado letárgico que está a acontecer no Brasil a partir de
2016.
O ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal, já disse que não adianta apelar a Deus ou
ao diabo. Ainda assim, diante da inércia da Suprema Corte, o jeito mesmo é
recorrer a Deus, porque nem a ONU conseguiu conter Moro, o rei da cocada preta
paranaense.
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