Quem conhece a história do nosso país, ou quem tem mais de 40
anos de idade, deve recordar da ditadura militar, do calar a voz na força, da
censura e etc. Mesmo quem não viveu aquele tempo, deve saber que vários dos
principais políticos do Brasil foram perseguidos, violentados, exilados por
causa de suas ideias políticas.
Com o passar dos anos, muitas lutas foram se fortalecendo a
fim de estagnar esse sistema ditador e, por conseguinte, transformar o Brasil
em um país realmente democrático onde as pessoas possam opinar, discordar e ter sua posição política
definida frente a esse sistema, sem sofrer retaliação ou algo parecido.
Mesmo que disseminemos por todos os lados que vivemos
num país livre politicamente, muitos municípios brasileiros ainda sofrem com
resquícios desse sistema que impõe, oprime e atende a interesses
particulares, privando dos coletivos.
Convivemos com políticos corruptos, que legislam para o bem
próprio, que desviam verbas, mas, mesmo assim, conseguem admiração e obediência
de muitos eleitores. Esse fenômeno de caráter, essa obediência forçada, é
resultado de uma troca de favores individualistas e alienantes que entretém e
ataca a coexistência das questões e opiniões da coletividade, garantidos e
conquistados com luta.
Com isso, é possível notar que mesmo vivendo em tempos modernos,
onde a famosa “liberdade de expressão” tornou-se lei, existem pessoas presas ao
passado, alienados e manipulados, sem forças para reivindicar seus direitos, por
medo de represálias.
E isso é comum, principalmente nas cidades interioranas, pois
a camada que exerce o poder se sente no direito de abusar de sua autoridade,
ditando regras e impondo sua vontade, sem pensar na população, mas em si próprio,
contribuindo assim, para uma sociedade desigual como a que foi reinstalada a partir
de 2016, com a ascensão forçada de
Michel Temer.
E sabe quais são os fatores motivantes para a instalação e
perpetuação da ditadura? A resposta é a falta de consciência política conjugada
com a falta de oportunidade das pessoas, por dependência financeira ou até
mesmo ignorância em relação ao fator política, no seu sentido original, obrigando-as a
obedecer os coronéis da nova ditadura ou a seus filhos, sobrinhos e netos colocados
na política por seus pais, avós ou tios. É o retorno das capitanias hereditárias
em pleno Século 21.
Como sanar tal problema?
-Somente quando elegermos realmente pessoas capazes de pensar no social e no coletivo ou quando todos atentarem para a necessidade de participação das
questões políticas que efetivamente interessam o nosso país, estado ou município.
Só seremos verdadeiramente livres quando fizermos equivalência
entre liberdade, ordem e progresso. País, estado ou município independente são
aqueles que conhecem seus direitos, deveres e obrigações dentro do contexto
político e dizem NÂO para os novos coronéis e seus modernos filhotes.
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!