Depois da perseguição incansável de um juiz que se
tornou ministro de seu adversário político, o ex-presidente Lula segue como o
mais notório preso politico do mundo, isolado do processo eleitoral e
silenciado pelo poder judiciário; o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel
segue trabalhando para reunir as assinaturas necessárias e oficializar a
candidatura de Lula ao laurel máximo da Academia Sueca; 400 mil pessoas já
aderiram a campanha, que deve ser encerrada em 31 de janeiro de 2019
A campanha internacional para que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja contemplado com o Prêmio
Nobel da Paz em 2019 está em etapa de formalização. Desde a última semana, o
ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que recebeu o prêmio em 1980, tem
trabalhado para reunir assinaturas de indivíduos que se encaixam nos critérios
estipulados pela organização a fim de
oficializar a candidatura. A ideia é que eles assinem um formulário, na página
do Comitê Norueguês do Nobel, até 31 de janeiro do ano que vem. Ao todo, 400
mil pessoas aderiram à campanha desde o ano passado.
No Brasil, a candidatura tem o respaldo de milhares
de pessoas, incluindo personagens da vida política brasileira que não fizeram
parte dos governos petistas ou que não estiveram ao lado de Lula durante toda
sua trajetória. É o caso, por exemplo, do economista Luiz Carlos
Bresser-Pereira, ex-ministro de José Sarney e Fernando Henrique Cardoso
(1995-1998; 1999), que assinou o formulário do Comitê Norueguês e enfatizando a
política de relações exteriores do governo Lula – especialmente a intermediação
feita pelo Brasil no conflito Estados Unidos e Irã.
Durante os dois mandatos de Lula como presidente,
de 2003 a 2010, a pobreza caiu 50,64% no Brasil – conforme pesquisa realizada
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2011, a partir de resultados obtidos pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As propostas que cumprirem os requisitos do
Comitê serão analisadas no início do ano por uma Comissão especial, composta
por cinco acadêmicos, eleitos de três em três anos. Até março, as academias
definem uma lista final de cinco nomes (ou grupo de nomes – também chamada de
short list), dos quais um será escolhido até o final de setembro. O nome do
vencedor é revelado durante a primeira semana de outubro

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