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TUPI OR NOT TUPI, EU PREFIRO GUARANI

11/18/2018

Aqui no Brasil somos diferentes! Quem circular por alguns bairros brasileiros terá a impressão de estar no exterior, tal a quantidade de letreiros em inglês!

Já não temos mais “intervalos” ou “pausas para lanche” – um evento elegante deve ter “coffee break”. O Brasil já não exporta mais matérias-primas, gêneros agrícolas ou minerais – exporta “commodities” (deve ser mais bonito falar assim).

O comércio brasileiro acabou com as “liquidações” – nossas vitrines exibem orgulhosamente avisos de “sale” ou “off”, o que tornariam mais sofisticadas as nossas lojas (muitas com nome também em inglês).

Nas fachadas dos nossos mais toscos botequins tornou-se comum a expressão “Happy Hour”. Já não temos propaganda – temos “marketing”. Almoçamos em “self-services”. 

A cada dia temos menos academias de ginástica e mais “fitness centers”. Nossos carros já não são equipados – passam por um “tuning”.

Nossos jovens andam pelas ruas vestindo camisetas feitas por brasileiros para brasileiros – mas contendo letreiros, símbolos e emblemas de times, escolas ou instituições estrangeiras.

Nossos aparelhos eletrônicos, no mais das vezes feitos por brasileiros apenas para brasileiros, quase nunca têm botão de “liga” e “desliga” – somente “on” e “off”.

Cheguei a ouvir de um empresário paulista, fabricante de equipamentos de ginástica, que seus produtos ficavam encalhados até o dia em que ele trocou os painéis em português por outros em inglês – aí finalmente suas vendas cresceram.

Nos jornais são frequentes as reclamações quanto ao procedimento para obtenção de um singelo visto, que importa, não raro, em longas filas e humilhações para os brasileiros. O fato é que há que se perguntar até onde somos correspondidos em nossa admiração provinciana.

Dia desses encontrei em uma festa de aniversário a filha de um amigo com uma camiseta na qual via-se estampada a bandeira norte-americana. Caí na besteira de perguntar se ela tinha alguma coisa contra a bandeira brasileira. A resposta: “não tio, é brega”!


Não prego o isolamento. Temos muito a aprender com outros povos e outras culturas. Isto nos faria bem. Temos que nos integrar ao resto do mundo. Sei muito bem que ao falar  inglês posso ser compreendido em diversas partes do planeta. Quem tem boca vai a Roma e quem fala Inglês vai pra qualquer lugar


Apenas defendo que um pouquinho mais de amor-próprio não nos faria mal, apesar da eleição do Jair!


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