Um trabalho
publicado pela agência de notícias
espanhola- EFE, em 3 de fevereiro, descreve a situação desesperada em que os
médicos cubanos se deparam com promessas não cumpridas pelo governo Bolsonaro e
com a realidade latente de um sistema que não se interessa pela saúde dos mais
pobres e que os utilizou como uma ferramenta descartável da maquinaria de
fabricação da mentira e da manipulação.
Segundo
a EFE, em São Paulo, os médicos cubanos que
não retornaram à Ilha após o término do programa Mais Médicos não podem mais
praticar medicina no Brasil.
Alguns
dos que permaneceram aceitaram a condição de «refugiados», a fim de não
perderem seu status de residentes e obterem uma carteira de trabalho, «um
procedimento que leva tempo, enquanto eles não recebem nenhuma renda».
A
esperança de entrar de novo no Mais Médicos como uma maneira de obter o emprego
necessário, desaparece, «para alcançar este objetivo deve esperar o fim de uma
longa linha, uma vez que o concurso lançado pelo Governo para preencher
posições fez disso uma prioridade para os médicos brasileiros».
Os
pedidos iniciais excederam o número de vagas, 8.517, mas são cerca de 800 sem
cobrir, porque «alguns dos médicos brasileiros escolhidos, não preencheram as vagas por serem em áreas de difícil acesso ou carente de
recursos».
Enquanto
isso, os médicos cubanos que ficaram no Brasil tentam obter uma das 800 vagas,
assim que tiverem o direito de acessar o concurso, possibilidade que foi adiada
várias vezes.
Conseguir
um emprego em «qualquer coisa» se torna a única possibilidade, o outro é
esperar por uma chamada para o exame de revalidação para competir no mercado de
trabalho em igualdade de condições com os brasileiros, mas a má notícia é que
desde 2017 não há exames, pode levar anos para alguém ser chamado.
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