Hoje, dia 19 de abril, como todos deveriam saber, é comemorado o dia do índio – data comemorativa criada em 1943, pelo presidente Getúlio Vargas (decreto-lei nº 5.540, de 1943). Na época, a data foi estabelecida para que todos se lembrassem da importância do povo que habitava as terras de Pindorama batizadas de Brasil pelos invasores Portugueses.
Os índios sobreviveram à história do Brasil, porquanto os colonizadores portugueses tentaram de todas as formas acabar com eles através da violência, matando-os covardemente ou tentando escravizá-los, incentivando as guerras entre as tribos sem falar nas formas ditas “pacíficas”, “bem intencionadas”, a exemplo da catequização jesuítica e a confinação em aldeamentos.
O plano era exterminar essas populações, liberando o território brasileiro para a colonização, ou mesmo misturando-os à degradante sociedade colonial, o que também era mais uma forma de fazê-los desaparecer.
Foi uma longa trajetória de infortúnios e opressão, mas os índios sobreviveram! Na verdade, eles não apenas sobreviveram, eles viveram sob ameaças e permanecem vivos. Por isso mesmo se tem a versão de nossa História: os portugueses não colonizaram o Brasil, eles invadiram este território e tomaram as terras indígenas.
A luta indígena pela terra não pode ser simplificada com frases do tipo “os índios estão querendo mais terras” ou “só pensam em terras”, que muitos costumam dizer. Eles têm o direito constitucional e também histórico à ocupação de terras. Afinal, ao ver índios fora de suas aldeias, muitos encontram mais um argumento para desqualificar a luta indígena e questionar a sua identidade, da mesma forma como os portugueses deixavam de considerá-los índios, ao dispersá-los pelas cidades, descaracterizando suas culturas e costumes.
A reflexão se faz necessária para entendermos o contexto atual que envolve a diversidade étnica e cultural brasileira. Não basta, portanto, apenas assistir a televisão e repetir as negativas versões dos atuais donos do Poder no que se referem aos povos indígenas.
É dever dos brasileiros conhecer a nossa história, refletindo sobre o lugar e participação de todos os povos, etnias e culturas na sociedade brasileira. Afinal, "todo dia é dia de índio".
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