“O chefe da Lava Jato não era ninguém
mais, ninguém menos do que Moro. O Dallagnol, está provado, é um bobinho. É um
bobinho. Quem operava a Lava Jato era o Moro”, disse o ministro do Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal, à revista Época. “Eu acho, por exemplo,
que, na condenação do Lula, eles anularam a condenação”.
"Mendes viu até a prática de um crime nas
conversas vazadas. 'Um diz que, para levar uma pessoa para depor, eles iriam
simular uma denúncia anônima. Aí o Moro diz: ‘Formaliza isso’. Isso é crime',
avaliou Mendes, referindo-se a um trecho das mensagens em que Dallagnol
escreveu que faria uma intimação oficial com base em notícia apócrifa, diante
da negativa de uma fonte do MPF de falar", aponta ainda a reportagem. “Simular
uma denúncia não é só uma falta ética, isso é crime.”
Agência Reuters - O ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a acompanhar o presidente
Jair Bolsonaro em um evento público após a revelação de supostas mensagens
trocadas por Moro com procuradores quando era juiz da Lava Jato, ao comparecerem
juntos a jogo do Flamengo em Brasília na noite de quarta-feira.
Bolsonaro e Moro
vestiram a camisa do clube carioca e foram aplaudidos pela torcida do Flamengo,
que formava a imensa maioria dos presentes no estádio Mané Garrincha para o
jogo do Campeonato Brasileiro. O Flamengo venceu por 2 x 0.
Na terça-feira, Moro e
Bolsonaro tiveram um primeiro encontro, no Palácio da Alvorada, após a
publicação de reportagens no domingo pelo site Intercept Brasil que mostraram
uma suposta colaboração entre o então juiz da Lava Jato e os procuradores da
operação, e depois o presidente e o ministro participaram lado a lado de uma
cerimônia militar.
O presidente e o ministro voltaram a se reunir
na quarta-feira, desta vez com a presença também do diretor-geral da Polícia
Federal, Maurício Valeixo.
De acordo com o
porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, os três discutiram as supostas
mensagens trocadas entre Moro e o coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan
Dallagnol, divulgadas no domingo pelo site Intercept Brasil, assim como as
investigações da PF sobre o atentado que Bolsonaro sofreu em setembro do ano
passado durante a campanha eleitoral.
Ao ser indagado durante
briefing à imprensa se Bolsonaro confia no ministro, o porta-voz afirmou que
“todos os ministros do governo do presidente Jair Bolsonaro detêm a confiança
do nosso chefe do Poder Executivo”.
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