Com a proximidade das eleições, e a briga incessante pelas vagas da Assembléia Legislativa da Bahia, cresce a corrida pelos votos numa campanha que promete ser das mais difíceis aos postulantes do cargo de Deputado Estadual. Neste pleito, um candidato tem que percorrer um número maior de municípios para conseguir a eleição, pois cada vez mais candidatos tem ampliado sua presença em locais que não são suas bases tradicionais de voto.
Porém, nem com o fim do coronelismo oficial, há muito tempo sepultado da história política brasileira, assim como o fim da Ditadura Militar, que privou por anos os direitos de representação do cidadão, fizeram com que as práticas de intimidação do voto do eleitor acabassem.
Em Xiquexique, um grupo vem utilizando de uma estratégia que, longe de ser uma conquista de voto na base das idéias, propostas e divulgação de obras e serviços, como costumameiramente alardeiam, relembram os velhos tempos do voto do cabresto, onde o coronel tenta ditar os votos da comunidade.
Ao abordar a residência do cidadão, "militantes" procuram se o mesmo já possui candidato a deputado estadual e, no caso de resposta positiva, querem saber qual o candidato, esquecendo-se que desde a Constituição de 1934, é direito do eleitor votar secretamente, justamente para evitar tais abusos. Terminada a "pesquisa", anotam a placa da casa do cidadão alegando que precisam provar que estão fazendo as visitas.
Ora, abordar uma pessoa e, em sua frente, anotar o endereço da residência, bem como as informações colhidas, qualifica o ato como intimidação, mesmo que a alegação seja outra. Não é um instituto de pesquisa e nem se identifica como tal, portanto naõ tem porque agir dessa forma. Além do mais, instituto de pesquisa não ensina a votar, tampouco quer mudar o voto do cidadão na hora da pesquisa.
Convém, então, lembrar aos eleitores que o voto é pessoal e secreto, não sendo obrigado a ele se manifestar quanto sua posição política, sendo que a lei o ampara quanto a isso. Da mesma maneira, aos que agem na tentativa de intimidar o eleitor, existem leis apropriadas para esse tipo de prática, desde que haja a denúncia.
Voto é cidadania, não abra mão de votar em quem sua consciência acha que é o correto.

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