XIQUEXIQUE: A QUESTÃO DA EGC – AS LIÇÕES

Dando seqüencia ao assunto iniciado na edição de ontem, paralelamente havemos que fazer o nosso “dever de casa”.

Partimos do princípio que haverá uma nova licitação por parte da CODEVASF, que viabilize a construção do esgotamento sanitário da cidade. Os erros cometidos no passado deverão ser aprendidos, para que não se repitam no futuro.

Já vimos que a capacidade técnica e idoneidade da EGC não era lá grande coisa, e por mais cuidados que sejam tomados daqui prá frente, nada nos garante que a nova empresa não cometa seus deslizes, portanto toda cautela é pouco. Isso é assunto da CODEVASF, mas temos que ficar atentos.

O empresário Eduardo Pessoa, disse publicamente várias vezes, que a tubulação (já enterrada) usada pela EGC estaria sub-dimensionada e não seria suficiente para dar vazão ao volume de esgoto. Este ponto crítico nos parece a primeira coisa a ser esclarecida pela e com a CODEVASF, através de uma auditoria técnica da parte já realizada pela EGC. Agora temos o direito de, e é salutar desconfiar e duvidar de qualquer coisa em que a EGC colocou a mão.

Caso esta versão tenha amparo técnico, há que se resolver imediatamente esse ponto, antes que se avance na obra. Consideremos que depois de finda a obra, a operação do sistema e seus custos correrão por conta da PMXX. Se o sistema estiver com problemas, a correção destes serão feitas por conta dos nossos recursos.

Um sistema mal implantado, significará uma enorme dor de cabeça no futuro, não só para as administrações vindouras, mas sobretudo para os seus usuários, a cidade.

Retomadas as obras, vamos fiscalizá-las de perto, para que não se repita o mesmo que aconteceu com a EGC. Aí vem a segunda questão. O SAAE estaria capacitado para tal desafio? No momento diríamos que não, mas isso pode ser corrigido.

Para a comissão fiscalizadora de vereadores, a melhor coisa que faria seria ficar de fora do assunto. Fiscalizar uma obra dessas requer conhecimentos técnicos específicos, que pelo que sabemos, não é encontrado em nenhum dos nossos vereadores. Ademais a obra é um assunto da CODEVASF com a PMXX, o poder executivo, nada tendo a ver com o poder legislativo. E acima de tudo, senhores vereadores, não tentem colocar seus protegidos no canteiro de obras da próxima empresa, pois isso lhes tira a isenção desejada para poder agir no futuro, caso haja necessidade.

Uma vez mais, senhores vereadores, como se vê, vamos ainda necessitar, e muito, da ajuda da CODEVASF, por isso seria de bom proceder, pararem com esses ataques demagógicos, coisa que gera muita celeuma e nenhuma solução prática.