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Depois não digam que não avisei

1/24/2014

As novas medidas para a entrada de turistas brasileiros nos EUA estão ainda em vigor neste início de 2014. Alegam as autoridades norte-americanas que somos de "baixo risco"! 

Fora o conceito de "baixo risco", incompreensível para os mortais não estadunidenses, pelo que pude entender, agora, quem quiser ir para os Estados Unidos terá mais facilidades .... terá que enfrentar uma fila menor, quer dizer, apenas uma "pequena e rápida humilhação"  sob chuva e sol, nas portas dos consulados daquele país. 

Melhor, terá que preencher o famoso  e ridículo questionário apenas uma vez, com perguntas "inteligentes" do tipo: "o (a) senhor(a) já cometeu genocídio?", ou ainda, "o (a) senhor(a) pertence a algum grupo terrorista?" e outras pérolas desse naipe. Não é o máximo?!

Agora, a classe média brasileira poderá compensar melhor sua frustração de não ter nascido nos States, correndo atrás de um visto de entrada nos EUA ou melhor ainda, quem sabe com ajuda divina (e do saldo bancário), um Green Card!
De qualquer modo, está mais fácil fazer comprinhas em Orlando e Miami, em suas lojas de gostos exuberantes (e duvidosos) e levar os filhinhos para um estágio de "encretinamento" na Disney, ou ainda serem otários em Las Vegas, nos cassinos com suas réplicas de mal gosto e cafonas das pirâmides do Egito e dos monumentos históricos europeus, prontos a surrupiar a grana da turistada brasuca, deslumbrada.


A incansável classe média consumista brasuca poderá usufruir, gratuitamente,  dos preconceitos contra os latino-americanos (a quem eles desdenhosamente chamam "latinos"), das grosserias da polícia alfandegária  nos aeroportos e do messianismo evangélico.

Mas não sejamos injustos, há os excelentes Mcdonalds originais para saborear, hot dogs típicos, além da Ku-Klux-Klan, é claro!  

O ruim disso tudo, para a classe média em busca do american dream,  é que os turistas deslumbrados serão obrigados a  passar pelas ruas  de Nova Iorque, da Wall Street, da Big Apple ou de Washington , em meio aos movimentos do Occupy Wall Streat ou the White House e manifestações contra o desemprego. Infelizmente, terão de ver os EUA bem real, desmistificados, imersos numa crise socio-econômica de  grande profundidade. Na atual situação dos EUA, quem vai atrás do Uncle Scrooge, o Tio Patinhas, pode dar de cara com os The Beagle Boys, os irmãos Metralhas! 

Mas, claro, há o recurso da avestruz, fingir que não está acontecendo nada na Meca do capital e dizer: "imaginem, que crise nada, fui jantar e paguei um prato de spaghetti com vinho "apenas U$ 10,00!", como já ouvi de uma pessoa, minha conhecida.

Fonte: inverso do contraditório

2 comentários:

Anônimo disse...

Estive lá no fim de novembro, e na verdade a crise tão propagandiada por aqui, confesso que lá não vi. Se aquilo é crise, torçamos por crise aqui também.

25/1/14 19:15
Jefão disse...

Quem sente a crise americana são os próprios americanos que moram lá,pagam impostos, procuram empregos, vivem o dia a dia do país em crise.Claro que brasileiros provincianos cheios de dólares no bolso comprados num Brasil emergente que passam alguns dias turistiando pelos EUA não vão enxergar crise nenhuma.

26/1/14 10:25

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