- Carlos Marighella
O baiano Carlos Marighella deixou uma marca indelével na luta do povo brasileiro ao longo do século 20. Teórico marxista, militante da luta popular, dirigente partidário, deputado Constituinte em 1946, e um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar na década de 60. ele foi também um poeta notável que, nos bancos escolares, costumava escrever suas provas em versos.
Voltaria aos cárceres em 1939, sendo mais uma vez torturado de forma brutal na Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, mas se negando a fornecer qualquer informação à polícia repressora. Recolhido aos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande pelo seis anos seguintes, ele dirigiria sua energia revolucionária ao trabalho de educação cultural e política dos companheiros de cadeia.
Anistiado em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Foi eleito deputado federal constituinte pelo estado da Bahia. Com o mandato cassado pela repressão que o governo Dutra desencadeou contra os marxistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até ser covardemente assassinado pela ditadura militar.
O baiano Carlos Marighella deixou uma marca indelével na luta do povo brasileiro ao longo do século 20. Teórico marxista, militante da luta popular, dirigente partidário, deputado Constituinte em 1946, e um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar na década de 60. ele foi também um poeta notável que, nos bancos escolares, costumava escrever suas provas em versos.
Aos 18 anos iniciou curso de Engenharia na Escola Politécnica da Bahia. Conheceu a prisão, como preso político, pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor da Bahia, Juracy Magalhães. Em 1932 muda-se para o Rio de Janeiro. Em 10 de maio de 1936 Marighella foi novamente preso e enfrentou, durante 23 dias, as terríveis torturas da polícia. Permaneceu encarcerado por um ano sendo solto pela “macedada” – nome da medida que libertou os presos políticos sem condenação.
Transferindo-se para São Paulo, Marighella passou a agir em torno de dois eixos: a reorganização dos revolucionários marxistas, duramente atingidos pela repressão, e o combate ao terror imposto pela ditadura de Getúlio Vargas.
Voltaria aos cárceres em 1939, sendo mais uma vez torturado de forma brutal na Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) de São Paulo, mas se negando a fornecer qualquer informação à polícia repressora. Recolhido aos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande pelo seis anos seguintes, ele dirigiria sua energia revolucionária ao trabalho de educação cultural e política dos companheiros de cadeia.
Anistiado em abril de 1945, participou do processo de redemocratização do país e da reorganização do Partido Comunista na legalidade. Foi eleito deputado federal constituinte pelo estado da Bahia. Com o mandato cassado pela repressão que o governo Dutra desencadeou contra os marxistas, Marighella foi obrigado a retornar à clandestinidade em 1948, condição em que permaneceria por mais de duas décadas, até ser covardemente assassinado pela ditadura militar.
Nos anos 50, exercendo novamente a militância em São Paulo, tomaria parte ativa nas lutas populares do período, em defesa do monopólio estatal do petróleo e contra o envio de soldados brasileiros à Coréia e a desnacionalização da economia.
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Alameda Carlos Marighella nos Jardins em São Paulo, local onde foi assassinado |
Cada vez mais, Carlos Marighella voltaria suas reflexões em direção do problema agrário, redigindo, em 1958, o ensaio “Alguns aspectos da renda da terra no Brasil”, o primeiro de uma série de análises teórico-políticas que elaborou até 1969.
Após o golpe militar de 1964, Marighella foi novamente preso. Repetindo a postura de altivez das prisões anteriores, Marighella fez de sua defesa um ataque aos crimes e ao obscurantismo que imperava desde 1º de abril.
Após o golpe militar de 1964, Marighella foi novamente preso. Repetindo a postura de altivez das prisões anteriores, Marighella fez de sua defesa um ataque aos crimes e ao obscurantismo que imperava desde 1º de abril.
Conseguiu, com isso, catalisar um movimento de solidariedade que forçou os militares a aceitar um habeas-corpus e sua libertação imediata.Desse momento em diante, intensificou o combate à ditadura militar utilizando todos os meios de luta na tentativa de impedir a consolidação de um regime militar, golpista, ilegal e ilegítimo.
Na ocasião, Carlos Marighella aprofundou as divergências com o Partido Comunista, criticando seu imobilismo. Quando já não havia outra solução, conforme suas próprias palavras, fundou a ALN – Ação Libertadora Nacional para, de armas em punho, enfrentar a ditadura militar.
Na noite de 4 de novembro de 1969, Carlos Marighella tombou varado pelas balas dos agentes da repressão da ditadura militar, em uma emboscada montada na capital paulista pelo facínora símbolo da tortura e da repressão, Sérgio Fleury, sendo Marighella covardemente assassinado nessa emboscada, atingido de tocaia, sem enfrentamento, sem chance de defesa, com tiros pelas costas, pelos milicos golpistas que mancham a história do Brasil.
"Eu canto a vida, eu canto a liberdade,
como os lírios crescem em nossos campos,
livres, selvagens".
Carlos Marighella
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