Em Cuba, há 25 faculdades de medicina, todas públicas, e uma Escola Latino-Americana de Medicina, na qual estudam estrangeiros de 113 países, inclusive do Brasil. A duração do curso de medicina em Cuba, a exemplo do Brasil, é seis anos em período integral, depois o estudante deve fazer especialização, que dura de três a quatro anos.
Pelas regras do Ministério da Educação de Cuba, apenas os alunos que obtêm notas consideradas altas, em uma espécie de vestibular e ao longo do ensino secundário, são aceitos nas faculdades de medicina.
Na faculdade, o estudante tem duas chances para ser aprovado em uma disciplina. Se for reprovado, é automaticamente desligado do curso. Na primeira etapa do curso, há aulas de ciências biomédicas, ciências sociais, morfofisiologia e interdisciplinaridade.
Nas etapas seguintes do curso, os estudantes têm aulas de anatomia patológica, genética médica, microbiologia, parasitologia, semiologia, informática e outras disciplinas. Segundo os médicos cubanos, não existe diferença salarial entre os profissionais, exceto pela formação – os que têm mestrado e doutorado podem ganhar mais.
A formação dos profissionais é voltada para a chamada saúde da família: os médicos são clínicos gerais, mas têm conhecimento em pediatria, pequenas cirurgias e até ginecologia e obstetrícia.
Já no primeiro ano, o estudante de mendicina está dentro do hospital, dos postos de saúde, em contato com o paciente. Sai da faculdade habituado a atender e tem mais facilidade no Programa Saúde da Família do que os seus colegas formados aqui no Brasil.
Os profissionais cubanos, e das demais nacionalidades, que irão atuar no Programa Mais Médicos não terão de passar pelo Revalida. De acordo com o Ministério da Saúde, eles terão registro provisório por três anos para atuar na atenção básica e com validade restrita ao local para onde forem designados. Todos os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação vão passar por três semanas de capacitação, com foco no Sistema Único de Saúde (SUS) e na língua portuguesa, antes de começarem a trabalhar. Ainda serão supervisionados por universidades brasileiras.
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