Seleção dos jornalistas reacionários: Ali Kamel, Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes: Eliane Catanhede, Raquel Scherazade e Arnaldo Jabor, Merval Pereira, Miriam Leitão, Ricardo Setti e Ricardo Noblat |
Na minha opinião, milhares de cidadãos brasileiros não são
politizados. A causa disso é cultural e histórica. Não vamos, aliás, nos tornar
politizados de uma hora para outra. A consciência é um sentimento ou
conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender
aspectos ou a totalidade de seu mundo interior.
Muitos ainda acreditam que “ser
politizado” é vociferar de qualquer jeito “contra a corrupção e pela segurança,
saúde e educação”, desejar que alguns políticos sejam substituídos por outros e
cair na lábia de um doutrinador de rebanhos.
Mas politização não é isso. É outra
coisa.
Politização é reivindicar saúde, educação, transporte etc. idealizando como serão a saúde, a educação, o transporte público etc. que atenderão melhor aos anseios da população. É abraçar todas as bandeiras políticas que visem a mudança radical da ordem sociocultural, econômica e política vigente, ao invés da conservação ou mesmo agravamento dos problemas atuais. É conhecer a fundo cada um dos problemas coletivos aos quais você se atenta, tomando (cons)ciência das causas e origens deles.
É debater popularmente como será possível resolver
cada problema, e ter ciência de que essa resolução vai atrair adversários, ou
mesmo inimigos declarados, que querem a manutenção e perpetuação da exploração
do ser humano. É começar a agir por conta própria em sua comunidade, em sua
escola ou universidade, em seu trabalho etc, discutindo política e sociedade com quem está
aberto para novos conhecimentos, e também organizando coletivos de ação
política.
É também rejeitar que pessoas interesseiras e
oportunistas, os sabidórios de sempre que ativam uma lavagem cerebral na classe
média e se apropriam de sua consciência, fazendo com que você culpe um único
partido e algumas pessoas específicas pelos problemas sociopolíticos existentes
e fazendo-lhe esquecer de que a iniquidade política é um problema de mais de um
partido político, principalmente os partidos que são apoiados pelos
reacionários.
Politizar-se não é compor manadas submissas aos
ditames e pregações de um ou mais formadores de opinião, de jornais e revistas
inimigos do povo humilde, cujos
redatores defendem a classe dominante e exploradora.
Politizar-se é pensar por conta própria e rejeitar
a submissão a líderes e oradores da direita. É questionar autoridades,
instituições e tradições. É, em suma, adquirir conhecimento e educação política.
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