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O "causo" do professor que viajou na barca de Chiquinho de XiqueXique para a vila do Icatu

4/09/2015


 


Vila do Icatu, ou Ibiraba
Muito escutei dos mais velhos aqui de XiqueXique a história de um conterrâneo cuja prolixidade era de espantar; não mencionarei seu nome, porém  o chamarei de Professor Dr. Romualdo. Vou reproduzir, com falhas de memória, o que me  contaram sobre esse assunto:

”Existia, deveras, em XiqueXique esse professor Romualdo que se comunicava com seus alunos mais ou menos assim: ”Filho meu, ergue-te do leito, onde repousaste por toda a noite, faz a devida higiene bucal;  terminada, arma-te de uma cesta e dirige-te ao Mercado São Francisco, lá encontrarás uma mulher, vendendo um produto de uma massa amarelada côncavo e convexo, que os ignorantes daqui XiqueXique chamam simplesmente de cuscuz.
Apossa-te de duas unidades, faz a devida remuneração e em seguida, retorne ao lar paterno, onde faremos um repasto gastronômico, no nosso café da manhã.

À época das histórias em lide, para se transportar para a vila do Icatu, o cidadão  pegava um paquete à vela ou uma barca a motor. Certo dia já chegando no Icatu, depois de passar pelo riacho, o nosso Professor, perguntou ao barqueiro Chiquim que fazia o trajeto da Ipueira até a Vila Icatuense: “Senhor Francisco, quanto cobras em remuneração ou pecúnia, para me transpor deste Polo àquele Hemisfério? Se referindo á viagem fluvial de XiqueXique ao Icatu. O barqueiro Chiquinho meio irônico questionou: Como é que é, cabra da peste?
Ao que, o sábio personagem retrucou de imediato: "Senhor Francisco, se zombas de mim, por ignorância, perdoar-te-ei, se porventura, zombas da minha alta prosopopeia, dar-te-ei um murro no alto da sinagoga e lançar-te-ei ao solo pátrio, jorrando aquele líquido vermelho e viscoso, que os que ignoram, chamam de sangue".

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