Três carros de luxo do ex-presidente e atual senador
Fernando Collor de Mello (PTB-AL) foram apreendidos pela Polícia Federal (PF)
na Operação Politeia, deflagrada ontem (13): uma Ferrari vermelha, um Porsche
preto e uma Lamborghini prata. Os veículos estavam na Casa da Dinda, famosa
residência do político em Brasília.
A ação desencadeada na manhã de terça-feira (13) é a mais recente fase da
Operação Lava-Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Agentes
cumpriram 53 mandados de busca e apreensão que integram seis inquéritos nos
quais são investigados políticos com foro privilegiado na Lava-Jato — entre
eles, está Collor. Os policiais estiveram nas casas do senador na capital
federal e em Maceió.
A Ferrari apreendida na casa de Collor é do modelo 458
Italia, cuja edição 2015 custa R$ 1,95 milhão. Já a Lamborguini recolhida é um
Aventador LP 700-4 Roadster, avaliado em R$ 3,9 milhões em uma versão de 2014. O Porsche Panamera Turbo custa R$ 1 milhão.
Também foram alvo da mais recente ofensiva da PF o senador
Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-ministro e
ex-deputado Mario Negromonte (PP-BA), o ex-ministro e
senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC)
e o advogado Thiago
Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União Aroldo Cedraz.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que
o objetivo da ação é garantir a apreensão de bens adquiridos com supostas
práticas criminosas. Collor usou as redes sociais para se defender da operação.
Em nota publicada em seu Facebook, classificou de “invasiva e arbitrária a
ofensiva da Policia Federal.
Casa da Dinda
A Casa da Dinda ficou conhecida após a eleição de Fernando
Collor para a presidência, em 1989. O ex-presidente fez da mansão particular,
no Lago Norte, sua residência oficial. O imóvel se tornou um símbolo dos
escândalos de corrupção que culminaram na queda de Collor. Descobriu-se que o
tesoureiro da campanha, PC Farias, pagou a reforma dos jardins, que incluiu
cascata e lago artificial, com dinheiro de contas-fantasmas.
A obra custou US$ 2,5 milhões, na época. Anos depois,
Rosane, ex-mulher de Collor, revelou que os jardins foram usados para rituais
de magia negra. Uma Fiat Elba que servia à casa foi comprada com dinheiro de PC
Farias e tornou-se célebre no auge do escândalo.
Agencias de Noticias
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