O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador
Eserval Rocha, cancelou a inauguração do Juizado Especial de Alagoinhas por
conta de um protesto realizado por servidores em frente a unidade judicial. O
evento estava previsto para acontecer as 10h da manhã desta quarta-feira (12).
De acordo com o diretor do Sindicato dos Servidores Auxiliares
do Poder Judiciário (Sintaj), Manoel Leopoldo, a atitude do presidente do TJ
foi um ato de desrespeito, inclusive com as autoridades convidadas para a
cerimônia, como o prefeito da cidade, juízes, advogados e membros do Ministério
Público.
Para o sindicalista, Eserval “não quis encarar a mobilização”,
que era pacífica. “Ao chegar ao local e ver a mobilização, ele deu meia volta e
cancelou o evento”, conta. O presidente do TJ-BA chegou ao local em comitiva e
escoltado pela Tropa de Choque.
O policiamento no local também foi reforçado. Leopoldo afirma
que a postura de Eserval foi a mesma em dias antecedentes ao ato, de se recusar
a receber os servidores para discutir a pauta de reivindicação da categoria. “O
presidente apenas coloca os assessores para dialogar, e o que eles nos dizem é
sempre a mesma coisa, de que não tem orçamento, que tem o limite da Lei de
Responsabilidade Fiscal, e com isso, a pauta não avança”, afirma.
O sindicalista afirma que o maior entrave na discussão da pauta
de reivindicação é o não pagamento da última parcela de 5% do Plano de Cargos e
Salários dos servidores. O pagamento está previsto na Lei 11.170/08. Segundo
Leopoldo, nenhuma lei é aprovada sem que haja previsão orçamentária. “Orçamento
para pagar tem, mas eles elegeram outras prioridades como instalação de varas,
criação de cargos, reajuste de juízes e não o pagamento do plano de cargos e
salários dos servidores. O orçamento está sendo consumido com outras coisas”,
reclama.
Outro entrave é o pagamento da Vantagem Pessoal de Eficiência
(VEP). “Essa vantagem é paga a maioria dos servidores. Do universo de uns nove
mil funcionários, cerca de 400 não recebem. O impacto deste pagamento é
irrisório para a Administração do tribunal. É um ou dois em cada unidade de
Juizado Especial que não recebem. E isso causa um mal estar, pois essa vantagem
é concedida sem critério algum”, explica.
O Tribunal de Justiça informou que ainda não há data para
realizar a instalação da unidade judicial em Alagoinhas. Também confirmou que o
cancelamento foi decorrente da manifestação dentro do fórum, que impediu o
acesso de Eserval Rocha. Logo depois, a comitiva do TJ visitou as comarcas de
Inhambupe e Olindina, onde está na fase final a construção do Salão do Júri.
Na manhã desta quinta-feira (13), o tribunal vai lançar a pedra
fundamental do novo fórum de Rio Real, que conta com um investimento de R$ 2
milhões.
Com informações do site Bahia Notícias
Com informações do site Bahia Notícias

2 comentários:
Deus é Pai, com esse presidente.
14/8/15 17:14Um descalabro esse rapaz...
20/8/15 10:53Postar um comentário
Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!