Seis líderes de uma seita religiosa foram presos
hoje (17) durante operação da Polícia Federal (PF) em Minas Gerais, em São
Paulo e na Bahia. Eles são suspeitos de manter fiéis em situação análoga à
escravidão e de se apropriar do patrimônio das vítimas.
129 mandados judiciais foram
cumpridos em 13 municípios. Na Bahia, as ações ocorreram em Barra, Ibotirama,
Remanso, Morpará e Cotegipe, todas as cidades localizadas na região do Vale São
Franciscano
Segundo a Polícia Federal, os fiéis frequentavam
uma igreja com sede em São Paulo e eram convencidos a participar da seita
religiosa no interior de Minas Gerais. A PF afirmou que os suspeitos abordavam
pessoas com fragilidade emocional e pediam a transferência de todos os bens
para a instituição.
Sob o argumento da convivência em uma comunidade
onde “tudo seria de todos”, os fiéis eram obrigados a trabalhar sem qualquer
pagamento. Os investigadores estimam que o patrimônio recebido nas doações
ultrapassa R$ 100 milhões.
Além das prisões, seis mandatos de busca e apreensão, 47 de condução coercitiva
(quando a pessoa é levada à polícia para prestar depoimento) e 70 de
sequestro de bens, envolvendo imóveis, veículos e dinheiro. Os suspeitos estão
presos temporariamente por cinco dias, podendo ter a prisão prorrogada.
Os investigados poderão responder pelos crimes de
redução de pessoas à condição análoga de escravo, tráfico de pessoas,
estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

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