Durante a evolução da história humana, as civilizações caracterizam-se
por sempre estarem envolvidas num processo dialético, de transformações
constantes. Não foram raras as mudanças estruturais e conjunturais nas
sociedades de cada época, que por vezes quebravam uma linha evolutiva, em
outras ocasiões apenas havia uma troca de comando no governo, ou mesmo uma
evolução natural devida, principalmente, às circunstâncias e necessidades
peculiares a cada momento histórico.
Temos
lido diariamente que há em curso um “golpe”, esse golpe teria por objetivo
apear do poder a Presidente Dilma Rousseff, banir o Partido dos Trabalhadores e
instalar uma nova ordem. Há, por outro lado, quem veja pertinência nisso tido e
até quem defenda abertamente uma intervenção militar ou o impeachment da
presidente eleita.
Bem, vou me ater ao conceito de “golpe de estado”.
O golpe de Estado é a usurpação do poder de forma ilegítima e ao contrário das revoluções, sobre o que podemos escrever noutro momento, tem um caráter pessoal, egoístico.
Ele busca a tomada do poder para atender o interesse de uma pessoa ou de um pequeno grupo que representa interesses que são contrários ou não são contemplados pelo Establishment Politico.
Ele ocorre quando os derrotados, descontentes e golpistas, incapazes de alcançar o poder pelo voto popular, buscam através de manobras políticas ou pela força, assumir a posição de Chefe de Governo e o fazem de uma forma ardilosa: buscam legalizar e legitimar a ruptura institucional instrumentalizando o Poder Legislativo e o Judiciário.
Esse fato é uma esculhambação aos valores republicanos.
E essa esculhambação aos valores republicanos ocorreu no padrão contemporâneo de fazer politica (assim mesmo, com “pê” minúsculo): usando a mídia para dar contornos de fato positivo ou negativo conforme a conveniência.
O verniz civilizado e civilizatório rompe-se com facilidade em nossa sociedade quando interesses são contrariados, basta observarmos o que está acontecendo hoje no país, onde o moralismo publica interesses impublicáveis quando derrotados pelas urnas, inconformados com a derrota, querem assumir a presidência da república na marra, com o apoio de ignorantes, deslumbrados e fascistas
Bem, vou me ater ao conceito de “golpe de estado”.
O golpe de Estado é a usurpação do poder de forma ilegítima e ao contrário das revoluções, sobre o que podemos escrever noutro momento, tem um caráter pessoal, egoístico.
Ele busca a tomada do poder para atender o interesse de uma pessoa ou de um pequeno grupo que representa interesses que são contrários ou não são contemplados pelo Establishment Politico.
Ele ocorre quando os derrotados, descontentes e golpistas, incapazes de alcançar o poder pelo voto popular, buscam através de manobras políticas ou pela força, assumir a posição de Chefe de Governo e o fazem de uma forma ardilosa: buscam legalizar e legitimar a ruptura institucional instrumentalizando o Poder Legislativo e o Judiciário.
Esse fato é uma esculhambação aos valores republicanos.
E essa esculhambação aos valores republicanos ocorreu no padrão contemporâneo de fazer politica (assim mesmo, com “pê” minúsculo): usando a mídia para dar contornos de fato positivo ou negativo conforme a conveniência.
O verniz civilizado e civilizatório rompe-se com facilidade em nossa sociedade quando interesses são contrariados, basta observarmos o que está acontecendo hoje no país, onde o moralismo publica interesses impublicáveis quando derrotados pelas urnas, inconformados com a derrota, querem assumir a presidência da república na marra, com o apoio de ignorantes, deslumbrados e fascistas
1964, por exemplo, foi um golpe de Estado, pois um grupo que havia perdido as
eleições presidenciais para Getúlio Vargas, para Juscelino Kubitschek e para
Jânio Quadros que, ao lado dos maus militares, tomou para si o poder e tentaram
rebatizar o evento nefasto de “revolução” e dar a ele contornos de legalidade e
legitimidade controlando o congresso e o Judiciário.
O golpe de Estado é comum em locais cujas instituições são políticas fracas, onde não existe a certeza do cumprimento de todas as normas constitucionais no que diz respeito à sucessão dos cargos políticos ou à garantia dos direitos individuais, o golpe de Estado foi muito comum na América Latina, África e Oriente Médio no decorrer do século 20. Seus principais agentes aparecem quase sempre como os novos salvadores da pátria, haja vista sempre acontecer algum distúrbio ou crise quando de um golpe de Estado.
Fato é que vivemos tempos sombrios, um tempo em que os golpistas lançam mão, mais uma vez como fizeram em 1954 e em 1964, da bandeira do combate a corrupção. Vivemos um tempo em que os “bolsonaros” e imbecis de todo gênero ofendem a presidência da república, sem demonstrar, como exige a Constituição Federal, qual o crime de responsabilidade que cometeu Dilma Rousseff. Qual? Daí porque é Golpe!
Tenho escrito faz algum tempo que tudo isso faz parte de um encadeamento de fatos quais, na minha maneira de ver, são os responsáveis à inflexão conservadora, sombria mesmo, que estamos testemunhando no país.
O golpe em curso possui uma metodologia curiosa: (a) a Judicialização da Politica; (b) a Politização do Poder Judiciário; (c) a espetacularização (midiatização) do que foi jucializado e, por fim, d) a criminalização da Politica, dos políticos e dos partidos políticos, tudo para justificar o golpe.
A sociedade tem de reagir a qualquer tentativa de golpe, pois estamos no século 21, nossas instituições são fortes e uma ruptura institucional seria trágica para a nação.
O golpe de Estado é comum em locais cujas instituições são políticas fracas, onde não existe a certeza do cumprimento de todas as normas constitucionais no que diz respeito à sucessão dos cargos políticos ou à garantia dos direitos individuais, o golpe de Estado foi muito comum na América Latina, África e Oriente Médio no decorrer do século 20. Seus principais agentes aparecem quase sempre como os novos salvadores da pátria, haja vista sempre acontecer algum distúrbio ou crise quando de um golpe de Estado.
Fato é que vivemos tempos sombrios, um tempo em que os golpistas lançam mão, mais uma vez como fizeram em 1954 e em 1964, da bandeira do combate a corrupção. Vivemos um tempo em que os “bolsonaros” e imbecis de todo gênero ofendem a presidência da república, sem demonstrar, como exige a Constituição Federal, qual o crime de responsabilidade que cometeu Dilma Rousseff. Qual? Daí porque é Golpe!
Tenho escrito faz algum tempo que tudo isso faz parte de um encadeamento de fatos quais, na minha maneira de ver, são os responsáveis à inflexão conservadora, sombria mesmo, que estamos testemunhando no país.
O golpe em curso possui uma metodologia curiosa: (a) a Judicialização da Politica; (b) a Politização do Poder Judiciário; (c) a espetacularização (midiatização) do que foi jucializado e, por fim, d) a criminalização da Politica, dos políticos e dos partidos políticos, tudo para justificar o golpe.
A sociedade tem de reagir a qualquer tentativa de golpe, pois estamos no século 21, nossas instituições são fortes e uma ruptura institucional seria trágica para a nação.
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