Xique-Xique é uma cidade baiana que se encaixa no perfil dos municípios que têm a
economia assaz dependente da Administração Pública, o que não é uma boa
coisa porque exibe os baixos níveis de circulação de capitais e o
fraco desempenho produtivo da cidade, apesar dos esforços de alguns
empreendedores locais.
Somando ao fato de que os empregos na Administração de
Xique-Xique são na maioria distribuídos por critérios políticos e
eleitorais, isso vem atestar o alto grau de submissão dos
munícipes a chefes político-partidários, sendo que o respiro
de algumas atividades comerciais necessita do beneplácito
do sopro quase sem fôlego da prefeitura, cujo erário mingua
perenemente.
Na prática, Xique-Xique está longe de tornar-se
economicamente estabilizada, pois, além da carência política de resultados,
ainda existe parte da população que vive em situação de extrema pobreza,
sem perspectiva de emprego, ou de qualquer trabalho mesmo temporário, que venha
a minimizar as necessidades básicas a que tem direito todo cidadão. Mas o
que se vê é uma população carente a depender da ajuda de outros e de
outrem para se alimentar ou simplesmente se
humilhando atrás de doações de cesta básica, apesar do antigo Bolsa
Família tenha sido diagnosticado como remédio de uso
contínuo, mas que atualmente vem
rareando.
De maneira geral, o peso da administração pública na economia
brasileira tem crescido há mais de uma década. Mas há nesse crescimento uma
distorção: boa parte desse aumento decorre muito mais do encarecimento de um
setor público ineficiente, balofo e dispendioso do que de uma expansão efetiva
dos serviços que poderiam catalisar o emprego, a renda,
máxime o bem-estar da população. Os municípios mais dependentes não
são apenas pobres. São vítimas oprimidas por uma atual ação governamental
de baixa qualidade e temerosa em todas as esferas.
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