O novo embate de decisões entre os ministros do Supremo
Tribunal Federal Marco Aurélio e Dias Toffoli (atual presidente da Corte) teve
como saldo a manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva e
outros mais de 150 mil presos – além de um aprofundamento do desgaste do Poder
Judiciário.
O episódio contribui ainda mais para o descrédito da Suprema Corte, já abalada por outros conflitos entre ministros, num processo que fragiliza a democracia brasileira.
Logo após Marco Aurélio suspender com uma liminar a prisão de condenados em segunda instância antes do trânsito em julgado (encerramento de todos os recursos nas cortes superiores) horas antes do recesso do Judiciário, pedidos de intervenção no Supremo entraram nos temas mais comentados do Twitter.
Entre as hashtags mais usadas nas redes sociais na tarde de quarta-feira estavam #STFVergonhaNacional, #IntervençãoNoSTF e #UmCaboUmSoldado – essa última em referência à declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro) de que bastaria “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo Tribunal Federal.
A fala gerou forte reação durante a eleição presidencial, inclusive do decano do Supremo, ministro Celso de Mello.
O ex-presidente poderia ser beneficiado pela medida do ministro. Ele está preso há oito meses, sem o trânsito em julgado da decisão.
Na noite de ontem, 19, contudo, Toffoli acatou recurso da Procuradoria Geral da República e derrubou a decisão de Marco Aurélio.
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