Alguns Jornais do Pará, de Roraima e do Tocantins e, especialmente, o Jornal A VOZ , noticiaram, já faz muito tempo, a possível criação de novos Estados. Não há surpresa quanto a isso. Relembro, no entanto, que o Brasil já é muito dividido em razão das suas diferenças sociais.
Este país riquíssimo, tingido de verde-amarelo e rubro escarlate, mas povoado por parcela pobríssima, apesar dos esforços discursivos de indivíduos que enaltecem a classe C, antiga compradora de carro popular, antiga usuária contumaz dos antigos carnês de históricas 72 parcelas mensais.
No Brasil republicano, paradoxalmente, existem condados, feudos e coronelatos matizados de púrpura, alcatifados de reais e chibatas.
Mas o que me causou atenção, espécie ou estranheza é que um dos projetos da divisão territorial do Brasil inclui, mais uma vez, a Bahia.
Isso mesmo: a Bahia com agá.
Com a criação do pretendido Estado do São Francisco, uma coisa seria certa e reiterada: Nós que nascemos aqui nestas barrancas do Velho Chico, deixaremos de ser os velhos baianos e seremos os novos franciscanos.
Nessa condição, mostraremos ao Mundo, do Ocidente ao Oriente, que o Estado do São Francisco há de ser habitado por destemidos cabras machos, sertanejos, descendentes dos ex-pescadores de Surubim, Mandi e Curimatá, tradicionais usuários da quase extinta Lagoa de Itaparica e da Ipueira.
Nós xiquexiquenses que estamos espalhados pelo planeta Terra, decerto ocuparemos Brasília, São Bernardo do Campo, Curitiba, Juiz de Fora e Washington D.C. para exigir o nosso direito natural, geográfico e estratégico.
E vamos levantar essa bandeira, espalhando ideologia:
“Xique-Xique para Capital do Estado do São Francisco.”
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!