Pesquisar no blog!




ELES VOLTARAM

1/17/2019




O governo tem  como porta-voz um general três estrelas da ativa, Otávio Santana do Rêgo Barros, que até aqui era chefe da Comunicação Social do Exército.

Com o general Barros, já são sete os ministros militares, além de dois no comando de estatais.

Nem mesmo nos  governos da ditadura militar  se viu  tantos fardados no Palácio do Planalto.

Diante deste protagonismo dos militares, Carlos Alberto dos Santos Cruz, também ele um general, ministro da Secretaria de Governo, disse não ver “vantagem nem desvantagem”  numa administração com tantos servidores das Forças Armadas.

“Não vejo nada de especial no papel dos militares, não tem nada de especial por ser militar e ter uma função diferente”.

Santos Cruz tem razão quando diz que estes militares têm características como “honestidade, dedicação e integridade”, além de excelente formação profissional, algo que não se pode dizer da maioria dos ministros civis nomeados por Bolsonaro.

Tendo à frente um capitão reformado aos 33 anos que, depois de enfrentar problemas no Exército, virou deputado profissional, este híbrido governo civil-militar estava mesmo precisando de um porta-voz, não necessariamente um general para botar ordem na casa.

Mais do que isso, porém, o governo precisa definir uma política de comunicação civilizada para orientar o relacionamento com a sociedade, a imprensa e os profissionais da área.

Por experiência própria, sei que o desafio não é pequeno para conciliar os interesses do governo e dos jornalistas sempre em busca de novidades sobre o que está acontecendo no poder.

Pelas suas primeiras declarações, no entanto, o general porta-voz pretende priorizar a “nova mídia” formada pelas redes sociais do bolsonarismo, como o próprio presidente tem feito, sob a orientação do seu filho Carlos, que ele chama de “meu pitbull”.




Kotsccho-Jornalista pela Democracia
 



0 comentários:

Postar um comentário

Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!