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MENOS MÉDICOS, MAIS MORTES

2/06/2019



24 MILHÕES DE BRASILEIROS ESTÃO SEM MÉDICOS
Após serem ameaçados de expulsão pelo presidente  Jair Messias Bolsonaro (PSL), os 8.553 profissionais cubanos do Programa Mais Médicos, que atuavam nas regiões mais pobres e necessitadas do Brasil, retornaram a Cuba por determinação do Ministério da Saúde Pública da ilha cubana. 
O fim da cooperação entre Cuba e o governo brasileiro, provocado pela política de ódio, prejudicou milhões de brasileiros pobres em mais de 600 municípios, muitos dos quais só contavam com os médicos cubanos para atender à população.
Dessa forma, populações indígenas, quilombolas, ribeirinhos da Amazônia, moradores do semiárido nordestino e das periferias das grandes e médias cidades do país ficaram sem assistência médica, uma vez que muitos profissionais médicos brasileiros não têm se disposto a trabalhar nessas áreas e com essas populações.
Como muitos médicos brasileiros preferiram trabalhar nas grandes cidades e regiões metropolitanas, as vagas disponíveis para as áreas mais afastadas passaram a ser ocupadas pelos profissionais vindos de Cuba, que encaram a medicina não como um negócio, mas como um serviço público.
O principal argumento que levantavam contra os médicos cubanos era que eles não possuíam a qualificação necessária para atender à população devido às diferenças na formação médica no Brasil e em Cuba. Entretanto, segundo o próprio Ministério da Saúde, em seis anos de cooperação, nenhum registro de erro médico foi feito contra os profissionais cubanos que atuavam no Brasil. Ao contrário, os médicos cubanos ficaram conhecidos por serem mais solidários, atenciosos e gentis com os pacientes do que a maioria dos médicos brasileiros.
A presença desses profissionais em nosso território, aliás, não é nova. Em 1988, vários médicos vindos de Cuba trabalharam no Tocantins após o governo estadual ter firmado uma parceria com o governo cubano para oferecer atendimento médico nas regiões onde não se conseguia profissionais brasileiros.
Com o fim do Programa  Mais Médicos e sem profissionais que atendam à população mais pobre, mais de 24 milhões de brasileiros ficarão sem assistência médica. Quantas mortes e doenças curáveis voltarão a acontecer devido à ausência de médicos? Com certeza não serão os mais ricos os principais prejudicados, mas os trabalhadores e suas famílias, que não possuem condições financeiras de pagar por um tratamento em instituições privadas e engrossarão as filas do SUS e os corredores dos hospitais e postos de saúde à espera de um médico.
Resta-nos  chorar pelo leite derramado.

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