Guerra entre 02 e Bebianno é tiro no pé do Planalto
Quando Carlos Bolsonaro chamou publicamente de mentiroso o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebbiano – e ainda brandindo a gravação de um “fora” telefônico do presidente a este – Carlos 02, ou o “Pitfilho” como o próprio pai o classifica, passou para o banco da frente e tornou-se o primeiro-ministro informal do Governo.
De agora em diante todo e qualquer ministro tem a obrigação de sabe que algum problema com o chefe os sujeita a serem mordidos, sem pudor ou piedade, pela fera que lhe guarda a porta. Até falar ao telefone passa a ser atividade suspeita de estar sendo gravada pelo filho feroz e, se interessar, será lançada ao twitter.
É o primeiro, o mais próximo, o mais “da casa” dos ministros e, como disse seu irmão Eduardo, com a suprema vantagem de ocupar o posto indemissível de filho.
Bebbiano pode até continuar no Planalto, mas mudo e irrelevante como um moço de serviços. É humilhar-se ou demitir-se e ser trucidado no caso do “laranjal” do PSL.
De toda forma, criou-se um ruído a bagunçar o que deveria ser a volta triunfal de Bolsonaro após a recuperação da cirurgia, pronto a lançar a reforma da Previdência.
Aliás, é bom saber se ele receberá o “pacote de maldades” que lhe vai ser sugerido por Paulo Guedes na presença do “Pitfilho”.
Recomenda-se ao “Posto Ipiranga” que module suas reações ao fazê-lo entre o “claro, Presidente” e o “sim, senhor”. E veja se estão gravando.
Se Bebianno vai sair ou não passa a ser assunto secundário diante do principal, que é a capacidade do governo de dar tiros no próprio pé. Ou a constatação de que os filhos 01, 02 e 03 vão continuar a interferir em tudo. Ou, acima de tudo, a sensação geral de que, com o estilo jogo bruto dos filhos de Bolsonaro, vai ficar difícil agregar apoios e formar uma base parlamentar.
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