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MUDANÇAS NO CÓDIGO DE TRÂNSITO E A IRRESPONSABILIDADE DO JAIR

6/05/2019



Jair Messias Bolsonaro não é apenas uma criatura estranha, tosca, de índole violenta, misógina e despreparada para a vida e mais ainda para o cargo que ocupa no momento. O atual presidente da República, eleito na trincheira de uma campanha movida a fakenews, mostra-se, a cada dia, uma pessoa irresponsável cujo governo tem a insegurança como norte e a morte como consequência.

São alvos potenciais dessa maneira insana de tocar o País os idosos, através de uma política de aposentadoria (ou de não aposentadoria) excludente e absolutamente cruel; os adultos que perdem, a cada dia, as condições de conseguir emprego e garantir conquistas trabalhistas; todos os brasileiros, inclusive adolescentes, que poderão se armar e "de defender" através de uma infestação estúpida de armas de fogo, inédita na história.

Agora, entram na mira mortal do Governo Bolsonaro as crianças. Não satisfeito em querer flexibilizar as punições capazes de fazerem motoristas infratores perderem a carteira, o presidente quer simplesmente eliminar multas para transporta criança sem cadeira no banco de trás. A punição pela infração é um fator grande de inibição da inconsequência de pais e responsáveis, ou irresponsáveis.

A cadeirinha é obrigatória, segundo o artigo 64 do Código de Trânsito Brasileiro, conjunto de normas que o presidente da República quer dizimar (aquilo não é mais uma mudança), multiplicando a tolerância com motoristas criminosos, desde os que saem às ruas bêbados e provocam mortes até espertinhos "cidadãos de bem" que burlam blitzes nas farras dos finais de semana através de aplicativos de celulares.

Para beneficiar esses motoristas infratores e regatar o "prazer de dirigir" (como chegou a justificar o fim dos radares nas rodovias), Jair Messias Bolsonaro saiu do Palácio e foi até a Câmara dos Deputados, onde entregou pessoalmente o seu pacote de insanidades de trânsito aos deputados de uma igualmente insana base aliada.

A nova do "mito" não representa propriamente uma novidade em termos comportamentais, em se tratando da figura em tela. O que se esperar de um presidente que se elegeu prometendo metralhar adversários políticos (os "petralhas"), transformou as mãos em "arminhas", em seu gestual de campanha e praticamente prometeu dar um revolver a cada brasileiro, promessa que tratou de começar a cumprir no primeiro dia do seu desgoverno?

A impressão que dá é que Bolsonaro não governa por si, mas age em nome de uma força externa que o impele a fazer e anunciar todo o tipo de despropósito como se fosse a coisa mais normal e benéfica do mundo. Aliás, desde o anúncio do seu ministério até as "políticas" que anuncia em áreas como a economia, a política externa, a justiça – passando pela influência desastrosa dos filhos e dos gurus -, a "gestão" de Bolsonaro é um aglomerado de despropósitos.
A bem da verdade, o governo Bolsonaro é um despropósito só.



Jornalista Gilvandro Filho
Autor de "Bodas de Frevo" e “Onde Está meu filho?”

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