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XIQUEXIQUE: ONDE VOCÊ NASCEU?

7/20/2010

Neste início de campanha eleitoral, novamente testemunhamos o besteirol despejado por carros de som, ressaltando a importância do local de nascimento do candidato, como se isso representasse uma “qualidade” ou “diferencial” importante, para que o eleitor se decida por este ou aquele candidato.
Não cremos ser importante o lugar onde nasceu uma determinada pessoa. Não há nenhum estudo científico que prove a relação entre a naturalidade de uma pessoa e seu amor pela cidade onde nasceu.

Poderíamos citar aqui inúmeros xiquexiquenses, que não têm a menor ligação ou compromisso com a cidade, alguns deles não querem sequer que se lhes lembre que são originários daqui. Não vamos citar nomes, pois neste caso o nome do santo não interfere no “milagre”, mas muita gente sabe que estamos falando a verdade.

Por outro lado, poderíamos citar várias pessoas, que não nasceram aqui, mas vieram para cá, ainda crianças ou já adultos, aqui se estabeleceram, trabalharam, montaram seus negócios, geraram empregos, recolheram impostos, casaram-se com pessoas locais, constituíram aqui seus patrimônios, aqui criaram seus filhos, aqui atuaram e foram importantes para a cidade, muito mais que muitos nativos. Estão nessa categoria os Albuquerques, os Oliveiras, os Soares, os Sampaios, os Setúbals, os Rochas cujo o expoente maior é o querido ex-prefeito Éser Rocha. Não consta que os também benquistos e considerados ex-prefeitos João Soares, Zé Barbosa e João Durães, todos eles nascidos em municípios vizinhos, não tivessem amado a nossa cidade, e não tivessem por ela trabalhado.

Se a origem fosse importante, se os nativos de um município não pudessem se apresentar a outros municípios, não teríamos um só deputado eleito, posto que, apenas o eleitorado do nosso município não é suficiente para eleger um só deputado.
Ademais, se a tese da natividade fosse decisiva, um nativo de Salvador, não poderia ser prefeito de Xiquexique, o maranhense Sarney não poderia ser senador pelo Amapá, o mineiro Juscelino Kubitschek não poderia ter sido senador por Goiás, o gaúcho Brizola não poderia ter sido governador do Rio de Janeiro, e o carioca Wagner não poderia ser o governador da Bahia. O que estas pessoas fizeram ou fazem no desempenho de seus cargos, depende muito mais de outros fatores que da sua naturalidade.

O que um político pode fazer pelos lugares onde recebem votos, depende do seu comprometimento, do seu brio, do seu caráter, do desejo de fazer acontecer, do grupo local que o apóia, etc...Tudo isso é muito mais importante que a sua origem.
Essa desgastada tese da naturalidade, não passa, portanto, de um embuste, de uma forma de iludir o eleitor DESAVISADO, de impedi-lo de considerar outras alternativas, uma posição que é acima de tudo, anti-democrática.

SOMOS TODOS FILHOS DA PÁTRIA, EMBORA HAJAM TANTOS FILHOS DA...

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