Publiquei matéria assinada no Blog do Zeca no dia 09/09/2010 elogiando o serviço comunitário do mesmo por Xiquexique, com o seguinte trecho:
Semanalmente, Zeca vai à Câmara de Vereadores acompanhar à sessão, valorizando-a com sua presença culta e crítica, requerendo uma postura mais coerente e preparada dos nossos vereadores, denunciando a demagogia e evitando vexames de projetos como os do vereador gazeteiro e do bafômetro,.....
No dia 10/09/2010, o vereador Esermilson vai à tribuna da Câmara de Vereadores e me acusa de irresponsável por tê-lo chamado de vereador gazeteiro, alcunha que não dei, como se vê no texto acima. Além disso, caso fosse, não seria verdade, pois uma ligeira lida na coluna ATOS E FATOS DO LEGISLATIVO do blog do Zeca provaria isso, o vereador não tem sido gazeteiro, o projeto de lei é que era.
Com a simpatia que tenho pelo vereador Esermilson e família, se a acusação fosse feita em outro local, não teria tanta importância, mas o local da ocorrência me impõe a obrigação de abordar isso já que o assunto IRRESPONSABILIDADE foi a mim rotulado na Casa das Leis da cidade, e sobre isso farei alguns comentários.
1 – O irresponsável segundo o vereador, sou eu, GERALDINO GUSTAVO DE QUEIROZ TEIXEIRA, 39 anos, filho de Xiquexique, técnico em agropecuária, engenheiro agrônomo, especialista em agroecologia e desenvolvimento sustentável, bacharel em direito e advogado, perito federal agrário do INCRA, servidor federal efetivo e servidor público há 16 anos.
2 – Aos treze anos de idade saí de Xiquexique e fui à luta pelo mundo para estudar e buscar meus espaços, vencendo pelo trabalho e pelo mérito, via processos seletivos, vestibulares e concursos, recusando-se sempre a oportunidades arranjadas, pela porta dos fundos, e que poderia vir a atuar na região, se quisesse, caso tomasse posse em concurso público federal para engenheiro agrônomo da CODEVASF, em 1997, com aprovação em 2º lugar.
3 – Registro também que esse xiquexiquense representa o INCRA no Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRUS) do Tocantins, representa o INCRA no Grupo Executor das Políticas da Reforma Agrária (GERA) do Tocantins, é membro da Academia de Letras de Xiquexique, foi classificado em diversos concursos culturais, foi colunista do Jornal A Voz, do Jornal Ecos do Sudeste, teve crônicas publicadas no Jornal do Tocantins, atuou como Conselheiro Regional do CREA-TO, fez parte da Diretoria da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Tocantins, foi presidente por dois mandatos da Associação dos Servidores da Extensão Rural do Tocantins, merecendo pela gestão homenagem em placa dos associados, além de Coordenador do Norte do Brasil da Federação de Associações e Sindicatos de Servidores da Extensão Rural do Brasil – FASER, com sede em Brasília-DF.
4 – No Tocantins, onde moro, além de atuar como engenheiro agrônomo, lecionei matemática, física e química por 8 anos em escolas estaduais e fundei com colegas do curso de direito um cursinho filantrópico de fim-de-semana no qual dava aula de química aos sábados à tarde. Recebi seguidas vezes homenagens dos formandos como padrinho da turma, e tive o prazer de ajudar alunos pobres a acessarem a universidade pública. Nesta época, elaborava questões de prova e batizava com a sigla UNIXX – Universidade de Xiquexique, uma pretensão que considero possível para a nossa cidade.
3 – O Serviço de Infra-estrutura, setor da Superintendência Regional do INCRA no Tocantins, do qual estou na chefia, faz centenas de casas por ano nos assentamentos, constrói estradas e pontes, contrata entidades para prestar assistência técnica a 24 mil famílias assentadas, compreende um volume anual de recursos superior a 50 milhões de reais, aplicados em 364 projetos de assentamento do Estado. Faço questão de ressaltar que este montante financeiro não opera milagres econômicos na evolução do meu patrimônio.
5 – Esta semana, de 14 a 17/09/2010, estou a serviço do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CONFEA, em Natal-RN, na função de Conselheiro Federal, a representar o Conselho em Reunião da Coordenaria das Câmaras de Agronomia dos CREA do Brasil. Com sede em Brasília-DF, o CONFEA é composto por 21 conselheiros titulares e 21 suplentes, eleitos pelos profissionais dos Estados, num universo de 850.000 profissionais da área tecnológica do Brasil, órgão que trata da normatização das profissões e da fiscalização do exercício profissional nas áreas da engenharia, arquitetura, agronomia, geologia e meteorologia.
6 – Sem dúvida, como visto, entendo que não foi a irresponsabilidade que me trouxe ao modesto e digno caminho que tenho trilhado. Aqui no Tocantins e em qualquer lugar, sou o baiano de Xiquexique, não tenho vergonha disso, embora seja difícil aceitar certas coisas que acontecem na nossa cidade.
7 – Tenho o entendimento que o assunto RESPONSABILIDADE deva ser melhor discutido na classe política de Xiquexique. Veja só. Para os políticos de nossa terra, pessoas em estado de coma gozam de perfeita saúde. Câmara de Vereadores tem sessão de 2 horas por semana, cerca de 8 horas por mês, e se elabora projeto de Lei que legitimaria faltar a 50% destas. Por vezes, alguns vereadores assinam a ata da sessão e vão embora, antes do seu término. Apesar de não ter competência para a função, o nosso Legislativo discutiu fiscalizar o trabalho do IBGE, uma instituição federal com Know-how no ramo e cogita desautorizar o uso do capacete pelos motoqueiros, como se fosse o CONTRAN. O maior tempo das discussões da Casa é dedicado a prestar adoração ao Executivo, fazendo comparações absurdas com o passado, como se cidade não tivesse futuro. O projeto do bafômetro. A Sessão da Câmara de Vereadores do dia 03/09/2010 foi cancelada em razão de acompanhar o chefe político em campanha eleitoral, demonstrando claramente que os destinos do chefe são mais importantes que os assuntos da população. E, por último, o Dr. Zeca, que informa isso tudo para a os cidadãos, é agraciado pela Casa com nota de repúdio, quando, na verdade, no momento, é o maior merecedor da Comenda que o Poder Legislativo desta cidade concede.
7 – Encerro, afirmando o meu respeito às pessoas físicas dos vereadores. Entendo que representam os diversos setores da sociedade e são plenamente capazes de exercer a função para o qual foram eleitos, porém, contudo, infelizmente, em razão da cultura política local, a maior parte opta por não fazê-la a contento. Assim, sempre vejo o Legislativo de Xiquexique como um poder impotente, que atua sob a maestria do Executivo, quem realmente, de fato, exerce o poder na Casa. Em razão disso, observa-se que as ações e discussões promovidas na Câmara de Vereadores muitas vezes são voltadas a questões de pouco ou nenhum impacto positivo na vida dos cidadãos.
Essa é a minha opinião.
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