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Manda quem pode e obedece quem é Juiz

1/10/2014


O Conselho Nacional da Justiça-CNJ é visto e aplaudido pela sociedade como um órgão independente, de controle externo do judiciário. Entretanto, as pessoas não se aprofundam nem se debruçam sobre a "Toga" de estrutura verticalizada, centralizada, hierarquizada e que não demonstra muito gosto pela democracia.

O Chefe do CNJ é o presidente do Supremo Tribunal Federal e magistrados indicados pelas cúpulas superiores completam a verticalíssima composição. 

O projeto inicial de um controle externo e social é claudicante até hoje. Diferente dos outros poderes que compõem a República, os membros do judiciário não são eleitos pelo povo e gozam de privilégios extraordinários, o que torna o órgão uma caixa turva, até à  ausência de luz,  praticamente intocável e sem qualquer controle popular, onde a arbitrariedade encontra campo fértil para crescer e se multiplicar.

Os ministros do STF são nomeados exclusivamente pelo presidente da república. A sabatina no Senado serve apenas para exercícios de retórica. A participação da sociedade é uma quimera nesse processo. Os senadores chancelam o nome e nem sabemos para que time o nobre sujeito torce ou qual é  a sua opção literária.

Segundo os resquícios da jamais esquecida ditadura militar, ainda vigora uma lei orgânica de 1979 e, por sua força, só podem ser candidatos à Presidência, à Vice-Presidência e à Corregedoria dos Tribunais Estaduais os desembargadores no topo da lista dos mais antigos.  E essa gerontocracia não é democrática.  

Perguntar-se-ia: os mais antigos são eleitos por quem?

Responder-se-ia:  pelos desembargadores, apenas pelos desembargadores! 

Nesta vertente, juízes e funcionários não votam e ninguém sabe quais as propostas e os projetos dos eleitos para a mesa diretora dos tribunais.
Os juízes enfrentam, assim, novos desafios que  não se resolvem apenas com os instrumentos de um passado já esclerosado.

Enquanto isso, mutatis mutandis, manda quem pode e obedece quem é Juiz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bem que os membros do judiciário não são eleitos pelo povo, pois se fossem, o Brasil séria mais corrupto ainda, uma vez que o povo, já esta provado por A mais B, não sabe votar. Se os ministros do STF são corruptos, mais ainda é quem os indicou, porem as vezes o tiro sai pela culatra.Porrada neles Barbosa!!!!

10/1/14 16:01
Maria Eunice Queiroz Silva disse...

Acompanho o A VOZ desde a sua fundação impressa, quando fui assinante até a última edição deste tablóide.
Apesar da perda deste veículo impresso que desta o seu lançamento mentem a mesma linha editorial, o A VOZ pra nosso deleite melhorou ainda mais, fruto das parcerias de pessoas como o Srs. Zeca de Custódio e Nilson Machado, que parecem manter uma sintonia perfeita com o seu fundador.
Edgardo Pessoa, o Gal, parece não mais contribuir com o A VOZ, mas percebo que sua semente frutificou e hoje temos um meio de comunicação sério e por que não dizer profissional, que traz sempre matérias importantes e textos valorosos para os que curtem e buscam informação de qualidade.
Parabéns a Gal pela iniciativa e aos colaboradores Zeca e Nilson pela manutenção deste espaço informativo.

10/1/14 17:16

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