Nos próximos dias, as orelhas
do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, irão arder muito. O motivo: neste
fim de semana, a Polícia Federal vazou, para a revista Veja, dados financeiros
da LILS, empresa de palestras do ex-presidente Lula. (saiba
mais aqui).
Cardozo já vinha sendo criticado,
por diversas alas do petismo, por supostamente não controlar as ações da
Polícia Federal. Agora, as críticas deverão subir de tom, uma vez que, além de
ter sido vítima de um crime, Lula já vem sendo apontado por diversos colunistas
como o próximo alvo da Operação Lava Jato.
De acordo com os dados vazados
a Veja, a LILS faturou cerca de R$ 27 milhões com palestras desde que deixou o
governo – algo plenamente compatível com a atividade de um ex-presidente que
deixou o Palácio do Planalto não apenas como o mais popular da história do
País, mas também como celebridade internacional.
Os ganhos de Lula são até
pequenos quando comparados aos de outro campeão das palestras internacionais.
Bill Clinton, por exemplo, já ganhou muito mais: R$ 350 milhões. Tony Blair
cobra cerca de 300 mil libras por palestra e outro que também custa caro aos
patrocinadores é Fernando Henrique Cardoso – Lula, no entanto, foi o único a
ter sua vida financeira, que é protegida legalmente por sigilo, devassada.
Entre os aliados de Lula,
muitos defendem que ele seja nomeado ministro pela presidente Dilma Rousseff.
Assim, com o foro privilegiado, ele ficaria protegido de eventuais ações
judiciais em primeira instância. Os petistas que querem a ida de Lula para a
Esplanada dos Ministérios também defendem que Cardozo seja substituído por
Michel Temer na Justiça.
No primeiro governo Lula, quando o caseiro Francenildo Costa teve seus
dados expostos, caiu Antônio Palocci, que, à época, era o ministro mais forte
em Brasília. Desta vez, a vítima da quebra do sigilo bancário foi o próprio Lula.

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