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Somos reis baianos para gregos e troianos

6/20/2016





Foi a Rede Globo quem inventou esse negócio de  que nós baianos  chamamos todo mundo de “meu rei”,  no instante em que nós  nos  comunicamos  com os companheiros  daqui,  d'alhures ou  d’além mar.

Desde que emigrei de Xique-Xique para estudar em Salvador, no limiar dos anos 70, jamais ouvi alguém, no território baiano, dizer para mim: “e aê meu rei”?

Talvez seja mesmo invencionice forçada da Globo.  Alguns de nós baianos sabemos  que o  baianês, com  pimenta malagueta na  moqueca de surubim, foi inventado por um famoso estilista, que residia na Rua 6 do renomado bairro do BNH Novo em XiqueXique  e que, atualmente,  se gaba por  atuar  num decorado atelier de alta costura localizado  no aprazível bairro de São Miguel Paulista, em   São Paulo.

Esse artista da moda divulgou o tal de “ meu rei” com nuances de “minha rainha”  e  assim o fez para  vingar-se,  por  ciúmes,  de  um outro xiquexiquense,  tocador de berimbau e de  axé, patrocinado pelos transeuntes  da Praça da Sé em São Paulo. Ouvi dizer que esse herói estaria de conluio com mais outro artista xiquexiquense, cantor do escatológico sertanejo universitário e seus convizinhos, de repertório eventualmente controverso.

De qualquer modo, quando, raramente, mantenho alguma conversação inteligente com raros turistas que, transitórios, se apoderam  desta terra baiana,  afortunada por Todos os Santos,  pelos Orixás e  pelo  Nêgo D’Água,  argumento e assevero que aqui na Bahia, o nosso sotaque é o mais puro, de charme discreto, que desponta  desde a existência do  Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves!

Nilson Machado de Azevedo

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