Bolsonaros eram contra
reforma da Previdência de Temer. Agora copiam
Quando deputado, atual presidente chamava reforma
de Temer de "porcaria". Seu filho, o 03, dizia que a Previdência era
superavitária e cobrava os grandes devedores
"Desumanindade", dizia Jair Bolsonaro há dois anos; filho 03 apontava desvios em recursos da Previdência
Principal proposta do governo Bolsonaro, a reforma da previdência ganhou
opositores inusitados nos últimos dias: o próprio presidente, Jair
Messias Bolsonaro(PSL), e seus
filhos, com destaque para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Vídeos com os integrantes da família criticando as mudanças nas
aposentadorias pretendidas pelo então governo de Michel Temer voltaram a
circular nas redes sociais, escancarando a contradição do discurso oportunista
do presidente e de sua equipe econômica.
Em vídeo de março de
2017, ao lado de Flavio Bolsonaro, e quando era ainda deputado, Jair Messias reclamava
que a proposta de Temer era uma "porcaria". E frisava: "65 (anos
para idade mínima), não vai aprovar. Ainda vão dar munição para o PT. Você,
Temer, Sua Excelência, Temer, não vai aprovar a reforma da Previdência e ainda
vai dar munição para o PT crescer em 2018", dizia o atual presidente.
No mesmo vídeo, ele
vai além: "Tome vergonha na cara, assuma a pipoca desse governo",
disparava Jair Messias , contra Temer.
Tal filho
Agora engajado na
defesa das mudanças nas aposentadorias propostas pelo pai, em 2017 o deputado
Eduardo, o 03, também atacava a reforma proposta por Temer "Primeiro é necessário
que nós cobremos dos grandes devedores. Eu não vi esforço do governo para
cobrar… Enquanto isso não for feito, não haverá moral para que o Congresso
analise essa proposta", afirmou, em vídeo que pode ser assistido abaixo.
*
O deputado é
categórico ao afirmar, diferentemente de hoje em dia, que a Previdência é
"superavitária". "Ela não dá prejuízo, o problema é que tudo
aquilo que é arrecadado para a previdência acaba sendo desvirtuado para ser
investido em outras áreas… É um problema, basicamente, de gestão", afirma
Eduardo.
O discurso mudou e bastante. Agora, segundo Eduardo, a reforma proposta
pelo seu pai, a quem chama de "JB", visa a evitar o "caos",
e, sem ela, "o Brasil quebra".
Emparedado por eleitores que apontaram a contradição no discurso, o
deputado afirmou, no Twitter, que "a pior situação seria o gov. fazer
nada, assim chegaria um dia que aposentados, pensionistas e pobres/miseráveis
beneficiários da previdência receberiam um calote".
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!