Apesar do boicote liderado
por José Serra, o Uruguai decidiu transmitir a presidência do Mercosul à
Venezuela, como preveem as regras atuais e confirmam os jornais de Montevidéu.
No entanto, a decisão não será reconhecida pelo governo interino, criando um
impasse inédito entre os vizinhos sul-americanos.
Recentemente, o
chanceler interino José Serra foi ao Uruguai, acompanhado do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, para tentar convencer o governo de Tabaré Vazquez a
quebrar as regras, mas fracassou em sua missão. Num comunicado, o governo de
Vásquez disse que “reiterava sua posição no sentido de proceder a passagem da
presidência, de acordo com as normas vigentes do Mercosul”.
O governo interino
alega que a mudança de comando deve ser tomada por consenso, o que fez com que
o governo de Nicolás Maduro denunciasse que o "golpismo" brasileiro
agora atinge também o Mercosul. Serra defende que o assunto seja abordado
durante cúpula da entidade, em 12 de agosto, e que o Uruguai permaneça à frente
da entidade até lá. Os uruguaios, por sua vez, querem que seja obedecido o
rodízio de seis meses e por ordem alfabética.
O assunto, segundo o Ministério de
Relações Exteriores uruguaio, pode ser tratado hoje, em Lima, durante a posse
do presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, segundo reportagem de Fabio
Murakawa. Estarão presentes, além de Vázquez, os presidentes Nicolás Maduro
(Venezuela), Mauricio Macri (Argentina) e Horacio Cartes (Paraguai). O governo
interino será representado por José Serra.
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